sábado, 24 de dezembro de 2011

Espero que essa seja a última poesia do ano (ou Todo poeta precisa de um recesso)


Imagem obtida no site História da Arte


Logo nós que não acreditamos no Destino
Deixamos à Sorte a direção de nossas Vidas,
Talvez porque não suportamos tanto desatino,
Tanto xingamento, tantas feridas,
E era tanta puta, seu merda, idiota, explorador
Babaca, imbecil, te adoro, meu amor
Que de nossas Vidas já não somos parte,
Já não sabemos perdoar sem esquecer,
Pois nosso Amor agora está sob o signo de Marte
Que nos fez juízes sem toga
A dar veredictos sem entender
O que fizemos do nosso Amor
Que agora em mágoas se afoga
Então, coelha, me diz: de onde vem tanta dor?

Para onde foram nossas brincadeiras infantis
E nossa cama que sem pudor incendiávamos?
Ah, que saudade daqueles tempos primaveris
Que ficou no sorriso que outrora davámos!
Hoje, já são outros os assuntos,
Nosso sentimento entrou em ócio
E estamos sem força (e coragem) para lutar
Por um Amor que tem tanto Ódio
E só nos liga o ato de recordar
Doces lembranças de momentos felizes...

Belém/PA, 24 de dezembro de 2011

(Dom Aquiles Crowley)

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